Socialista admitiu que a corporação precisa de mais efetivo e de melhoria em infraestrutura
Em meio ao clima de luto, 1.117 aspirantes a policiais militares
foram formados na manhã desta segunda-feira (31) e ouviram do governador
Paulo Câmara que as polícias precisam ser integradas para combater o
crime, que voltou a crescer no Estado, conforme reconheceu o próprio
gestor. O socialista admitiu que a corporação precisa de mais efetivo e
de melhoria em infraestrutura e disse que está trabalhando para
contemplar as policias militar e civil.
Para a Imprensa, Paulo disse que o governo vai rever os serviços de
atendimento psicológico aos policiais, mas destacou que a morte do cabo
Adriano Batista da Silva, de 41 anos, não se trata de um fato presente
no cotidiano da corporação. “Nós entendemos que fatos como esse que
exige uma reflexão e temos de ver onde é que pode ser melhorado, e isso
já foi autorizado e determinado que se faça. E a gente espera que
tenhamos condições de evitar isso, que realmente os serviços de
acompanhamento aconteçam, mas sabemos também que casos como esse são
isolados, que não fazem parte do nosso cotidiano e a gente espera que
não ocorra mais”, disse.
Antes, Câmara ressaltou os ganhos do Pacto pela Vida ao longo de oito
anos e afirmou que ainda há muito o que fazer. “Muito ainda temos que
fazer. Sabemos que há necessidade de efetivo maior, por isso que
autorizamos concursos e vamos contratar tão logo seja possível pela
situação fiscal. Sabemos que precisamos de uma estruturação ainda de
algumas delegacias, de infraestrutura da polícia, mas precisamos
principalmente da integração e de um bom senso de cada um de nós”,
admitiu.
Segundo ele, o momento é de unir as forças de segurança e aumentar a
intensidade de trabalho. “É muito importante a compreensão das
instituições de que o momento é impossível de dar aumento salarial, e
essa compreensão é que nos ensejam a eles trabalharem cada vez mais,
para melhorar a segurança pública do Estado. Nós não vamos enfrentar o
problema da insegurança com o freio de mão puxado. Nós temos agora é que
ir para frente, porque os bandidos estão se aproveitando querendo fazer
com que o Estado fique em estado de insegurança. Nós não vamos deixar,
mas é bom que todo mundo tenha consciência disso”, acrescentou.
Os policiais militares formados foram submetidos a um curso de três
semanas com 1.106 horas de treinamento e aulas. A partir de agora, eles
passarão por um estágio de 15 dias até serem alocados no Recife e na
Região Metropolitana.
Fonte: FolhaPE/Foto: Arthur Mota
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