segunda-feira, 31 de agosto de 2015

CULTURA: Grupo Rala Coco Maria e convidados, praticamente sem apoios, dão um verdadeiro show e animam o morto Sitio Histórico de Igarassu

De acordo com o público, nem mesmo a precariedade nos recursos disponibilizados pela prefeitura como o som, iluminação e palco conseguiram ofuscar o evento alusivo aos 9 anos do Rala Coco Maria

Sábado passado (29) o Grupo Cultural Rala Coco Maria completou nove anos de fundação. E para comemorar fez da forma que melhor sabe fazer: convidou outros grupos culturais, a maioria da própria cidade, e reunidos no Sítio Histórico de Igarassu tocou, e tocou muito!

Famílias, turistas e principalmente crianças e muitos jovens compareceram ao evento, cantaram e dançaram bastante, mesmo debaixo de chuvas. O que põe por terra a corrupta justificativa de certas administrações públicas, ao tentarem alegar a contratação mais de bandas e artistas de renome regional e nacional, para as grandes festas das cidades, do que as bandas e artistas locais, só porque a juventude prefere assim.

Há décadas o Sítio Histórico de Igarassu, cidade onde nasceu Pernambuco, e de uma importância enorme para o Brasil, é motivo de lamentação dos igarassuenses, por ser um local belíssimo mas praticamente morto, ao que se refere ao aproveitamento do mesmo para utilização não só de fomento da economia e atração turística, mas como um espaço para que as bandas shows, os grupos culturais, artistas e artesãos possam mostrar todos os finais de semana, e não esporadicamente, seus trabalhos. Mas infelizmente, dizem os moradores, que só se ouve dos políticos da Cidade, desde longos passados anos ao presente, promessas em campanhas eleitorais.

No entanto, o Aniversário do Rala Coco Maria fez o Largo dos Santos Cosme e Damião viver um momento de muita animação e vida com as grandes apresentações. Declara o multiartista Joel Carlos, mestre do Grupo aniversariante: "As dificuldades estruturais, e mesmo se apoios não existirem, ainda assim não conseguirão nos desestimular a realizar a Sambada da Ladeira, um projeto de autoria nossa que consiste na apresentação de Coco todos as últimas sextas-feiras de cada mês. Pois receber cachê é bom, mas nossa maior alegria e reconhecimento é cantar para o povo que ama, valoriza nossa cultura e se diverte com a gente".

O evento estava para começar às 19h. Todos as atrações convidadas já se faziam presentes, mas o som disponibilizado pela Prefeitura só veio chegar depois das 20h, e ainda assim precário e sem um profissional que conseguisse operar bem a mesa. Os outros recursos, também de responsabilidade do Governo, como o tablado, de tão baixo que era mal dava para as pessoas mais afastadas verem os artistas. A tenda pequena mal comportava confortavelmente os grupos, os equipamentos de som, assistentes de palco e outros equipamentos que dividiam o mesmo espaço, que ainda tinha que abrigar as pessoas que tentavam se proteger das chuvas... A iluminação era apenas uma fileira de lâmpadas incandescentes. Alimentação para os artistas não havia e transporte para buscar os grupos também não existia... 

Mas, mesmo tendo o evento que terminar na hora em que um comerciante de batatinhas precisou ir embora e levar consigo o seu caso da extensão que mantinha o som ligado, já que também não houve uma assistência de eletricista no local, o show, como se diz, não pode parar! E assim aconteceu.

Por Marcelo Francisco de Santana/Jornal PE da Gente/Foto: Marcelo F. Santana

2 comentários:

  1. Isso não é novidade, a cidade está entregue as baratas! É mais um exemplo da nova Igarassu!

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  2. Só não falta apoio ao grupinho de amiguinhos do prefeito, que continuam botando prá torar! E o pior que ainda temos que esperar mais de um ano sofrendo! O povo de Igarassu já pagou todos seus pecados!

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