terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Clima quente na Câmara do Recife

Inaugurando os discursos, Ivan Morares (PSOL) questionou o atraso de pouco mais de uma hora do prefeito e classificou como desrespeitosa a atitude do chefe do Executivo de não permanecer no plenário durante os discursos


A oposição demonstrou que não haverá trégua com o Governo na Câmara do Recife. Na a primeira reunião plenária da 17ª Legislatura, em duas frentes, integrantes do bloco opositor questionaram o aumento do IPTU, que entrou em vigor no ano passado, e a postura adotada pelo Prefeito Geraldo Júlio (PSB) na solenidade de abertura dos trabalhos legislativos, na última quarta-feira.
Inaugurando os discursos, Ivan Morares (PSOL) questionou o atraso de pouco mais de uma hora do prefeito e classificou como desrespeitosa a atitude do chefe do Executivo de não permanecer no plenário durante os discursos. “Ele chegou depois das lideranças falarem. Não ouviu a oposição, não ouviu a fala de líder da sua base” criticou.
Ainda de acordo com o parlamentar, o foco do discurso, pautado em realizações de toda a gestão socialista à frente da Prefeitura, deveria ter sido prestar contas sobre o exercício 2016, conforme previsto em texto do Plano Plurianual. “O que foi feito na reunião solene não foi uma prestação de contas, mas um discurso de campanha. Ele deveria ter dado conta do que foi feito e do que não foi feito naquele ano”, afirmou.
A vereadora Aline Mariano (PMDB), líder do Governo na Câmara, por sua vez, defendeu Geraldo Julio. A parlamentar justificou que o balanço anual é encaminhado aos gabinetes em março e afirmou que o objetivo do discurso do Prefeito era, efetivamente, analisar a conjuntura do trabalho realizado.
“O balanço de gestão é entregue a todos os gabinetes e Vossa Excelência poderá conferir em março. O discurso do Prefeito Geraldo Julio nesta Casa foi feito de forma respeitosa. O motivo da ocasião legislativa foi remeter uma mensagem, fazer uma análise da conjuntura”, reforçou.
Ao final da sessão plenário, também fazendo menção à visita de Geraldo Júlio, André Regis (PSDB) criticou o polêmico aumento do IPTU no Recife e a inclusão da taxa de “limpeza e destinação de resíduos sólidos (TRSD)”. “O imposto foi majorado e para muitos até de forma confiscatória”, ainda segundo ele, “a ação de tributar mais significa mexer no bolso do contribuinte” e aumento “em um momento de crise” afeta diretamente a economia das famílias e o rendimento do comércio. 
Fonte: FolhaPE/Foto: Anderson Stevens

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