sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Após balada regada a sexo e drogas, diretor de escola em Paulista assina termo de ajustamento

Promotoria de Defesa dos Direitos da Infância de Paulista garantiu que novas festas não acontecerão

“Nesta escola esse tipo de evento não vai acontecer mais. Vamos cortar o mal pela raiz”, garantiu a promotora de Promoção e Defesa dos Direitos da Infância e Juventude de Paulista, Andréa Karla Reinaldo, sobre a proibição de novas festas dentro da Escola de Referência Padre Osmar Novaes (Epon), em Paratibe. A unidade atende 600 alunos do Ensino Médio. O colégio é alvo de uma investigação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) desde o último dia 17, após a Folha de Pernambuco denunciar uma balada regada a sexo e drogas que ocorreu na unidade, em julho. A promotora já ouviu o diretor da escola, Edson Edisão, e um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), se comprometendo em não autorizar novos eventos, foi assinado pelo gestor. A promotoria também marcará um encontro com o secretário de Educação do Estado, Frederico Amâncio.

O diretor prestou esclarecimentos na última quinta-feira (27) sobre a “Epon Party IV”, como foi chamada a festa realizada em 17 de julho. Segundo Andréa Karla Reinaldo, ele levantou suspeitas sobre parte das imagens gravadas em vídeos por pessoas que estiveram no evento. “Ele não identificou algumas partes como sendo instalações da escola. Isso aconteceu por exemplo nas partes onde se pode ver o consumo de drogas. Por isso, levantou a suspeita de que essas partes poderiam ser uma montagem de alguém insatisfeito com sua gestão”, disse.

Ainda no relato, negou que a festa teria sido aberta ao público em geral, nem que tivesse havido cobrança de ingresso. Edson também negou ter conhecimento do uso de drogas e de sexo durante o evento. “O que ele informou foi a participação de três alunas do 3º ano na organização e que elas queriam arrecadar fundos para a uma comemoração de formatura, mas que as contribuições dos alunos seriam voluntárias”, contou.

A promotora informou ainda que a responsabilidade do diretor do Epon, se houver, será administrativa. Segundo ela, o gestor afirmou ter finalizado a balada depois que pessoas estranhas invadiram a escola e teriam tumultuado a festa.

Fonte: FolhaPE/Foto: Peu Ricardo

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