sexta-feira, 8 de maio de 2015

Praça do Baobá será ponto turístico na Zona Norte do Recife

Área verde no bairro das Graças faz parte do Parque do Capibaribe. Até o segundo semestre, equipamentos públicos devem ser instalados para receber turistas e população local

No fim de 2013, início de 2014, a Prefeitura do Recife deu largada às obras do Parque Linear Caminho das Capivaras. O projeto prevê um espaço de convivência às margens do Rio Capibaribe, cortando 21 bairros da capital em 30 km de extensão. Mais de um ano depois, a primeira etapa dessas obras foi entregue à população. O trecho localizado entre as ruas Madre Loiola e Antônio Celso Uchôa Cavalcanti, na altura da Estação Ponte D'Uchôa, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, assumiu a função de piloto do projeto. No último mês, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade se responsabilizou por um recuo de 16 metros entre a beira-rio e os muros de quatro imóveis do endereço. A iniciativa deu origem a um espaço inédito naquelas redondezas: uma área verde, pública e ao ar de livre, preenchida por 18 árvores e um baobá de tirar o fôlego.

A imponência é tanta que o lugar deve responder por Praça do Baobá. No momento, o terreno de 100 metros ainda não possui calçamento e iluminação, nem bancos e jardins. Até o fim de maio, no entanto, deve ser encaminhado ao gabinete do prefeito Geraldo Julio (PSB) um orçamento para implantação de equipamentos públicos no local. "Depois que for aprovado, acredito que dentro de 90 dias teremos a estrutura necessária pra inauguração", afirma Romero Pereira, secretário-executivo de Unidades Protegidas. Além disso, haverá um tratamento específico para este trecho fluvial. "A princípio, não teremos um píer. Mas queremos que as pessoas se aproximem o máximo possível da margem". O baobá, um dos maiores de Pernambuco, também terá atenção especial. Por estar inclinado em direção ao Capibaribe, estuda-se uma forma de protegê-lo.

A longo prazo, o secretário-executivo acredita que o chamado Parque do Capibaribe trará benefícios à cidade. “Além de um estreitamento na relação entre o cidadão e o rio, o projeto vem melhorar a mobilidade urbana”. Toda a extensão deverá ter calçadão para pedestres e ciclovia para ciclistas. Passarelas como uma entre a Caxangá, na margem direita, e Casa Forte, na margem direita, também estão previstas. "Quem leva uma hora no trânsito pra se deslocar entre esses bairros vai gastar menos de meia hora". Após a inauguração da Praça do Baobá, o projeto deve ter prosseguimento. Um estudo sobre a área que compreende do Parque Santana à Praça do Derby já foi realizado. Uma parceria com a Universidade Federal de Pernambuco deve ajudar a definir qual utilidade dar a cada trecho.

O Recapibaribe, no entanto, adota uma postura ressabiada em relação ao projeto. "Não entendemos por que dar início a uma nova obra sem nem ter terminado as outras que foram prometidas", questiona Socorro Cantanhede, fundadora do movimento ambiental. "E a reforma do Parque do Caiara? O que fazer com a atual Avenida Beira Rio? Como solucionar o assoreamento do Açude de Apipucos? São problemas já existentes". Além disso, o movimento teme que o Parque Linear Caminho das Capivaras tome uma forma distinta da que foi desenhada inicialmente. "Prometeram um determinado Parque de Apipucos, por exemplo, mas nos entregaram outro. A preocupação maior deve ser em relação ao Capibaribe", sugere. "O que estamos fazendo dele?".

Fonte: Pernambuco.com/Foto: Guilherme Carréra

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