sexta-feira, 13 de março de 2015

Pedido de impeachment de Dilma Rousseff é oficialmente apresentado

O expoente da bancada conservadora no Congresso, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), entrou protocolou, nesta sexta-feira (13), na Câmara dos Deputados, um pedido de impeachment da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT). O pedido acontece dois dias antes das manifestações contra o governo organizadas nas redes sociais para este domingo (15). Este, no entanto, não é o processo de impeachment contra a presidente. No mês passado, Walter Marcelo dos Santo, como cidadão, fez o mesmo pedido do deputado.
Bolsonaro recorre aos escândalos de corrupção para pedido de impeachment. O deputado cita a Operação Lava-Jato, que investiga os crimes de corrupção na Petrobras e tem em seu próprio partido o recordista de políticos envolvidos. A operação foi desencadeada ainda no ano passado pela Polícia Federal. Atualmente, o Supremo Tribunal Federal (STF) analisa o inquérito enviado pela Procuradoria da República.
“Mais do que despreparo, mostra-se evidente a omissão da denunciada ao deixar de adotar medidas preventivas e repressivas para combater o câncer da corrupção em seu governo, mantendo, perto de si e em funções de alta relevância da administração federal, pessoas com fortes indícios de comprometimento ético e desvios de conduta. Deixou de agir em defesa da sociedade da qual é responsável máxima na administração pública”, afirma.
Na argumentação, Bolsonaro também defende que a presidente Dilma teria sido beneficiada pelos desvios da estatal. A petista, na sua avaliação, cometeu crimes contra a administração pública ao não atuar contra os desvios na estatal.
O pedido de impeachment de Bolsonaro será analisado pela equipe técnica da Câmara, antes de ser enviado para análise do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em crise com o Palácio do Planalto, Cunha será responsável por aceitar ou não a proposta para ser votada em plenário. O peemedebista, no entanto, anunciou recentemente que não havia espaço para este tipo de ação no Congresso Nacional.
Fonte: Pernambuco.com/Foto: Fábio Rodrigues Pozzedom

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