Apesar de alguns movimentos de parte do
PSB para se reaproximar do PT no plano federal, o líder do governador
Paulo Câmara (PSB) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe),
Waldemar Borges (PSB), disparou contra o governo da presidente Dilma
Rousseff (PT). O mote foi a Medida Provisória (MP) que revoga
desoneração de 56 ramos de atividade econômica, que acabou sendo
devolvida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), ao Palácio
do Planalto.
“Julgamos que esses impactos serão muito
ruins e terão consequências piores ainda para a nossa economia. Eles
serão uma espécie de corrente que sai puxando a arrecadação pra baixo e
aumentando o desemprego, num momento em que nós precisamos fortalecer os
cofres públicos para enfrentar as demandas que já estão colocadas, a
exemplo do piso salarial dos professores”, afirmou Waldemar.
“O Governo Federal deu um corte de 7
bilhões na área de educação, sobretudo no FIES e no Pronatec, e
precisamos arcar em Pernambuco com 13% de reajuste no salário base dos
professores. Temos que reagir a essa engenharia financeira que leva o
dinheiro dos estados e dos municípios, ao mesmo tempo em que Brasília
diminui os seus gastos e impõe novas despesa aos demais entes
federativos. Como essa conta pode fechar?”, questionou o líder do
governo.
O deputado ainda questionou as alterações em direitos trabalhistas feitas pelo governo federal depois da reeleição de Dilma.
“Conquistas históricas no que diz
respeito a ganhos trabalhistas, como o seguro-desemprego e o
auxílio-saúde estão sendo subtraídas dos trabalhadores. Além disso, há
uma enxurrada de aumentos em produtos e serviços essenciais, tudo isso
compondo um quadro amedrontador de recessão descontrolada”, cobrou.
Uma das preocupações de Waldemar Borges é
com o setor de Tecnologia da Informação, que descontava 2% do
faturamento para a Previdência e passaria a descontar 4,5%. Os setores
da construção civil e dos transportes também foram citados pelo
socialista.
Waldemar prometeu ainda que a Comissão
de Ciência e Tecnologia da Alepe vai promover um debate sobre os
impactos das medidas. Dilma reapresentou a MP como um projeto de Lei em
caráter de urgência.
Fonte: BlogdeJamildo/Foto: Roberto Soares-ALEPE
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