terça-feira, 24 de junho de 2014

Delegação dos Estados Unidos chega ao Recife cercada de seguranças

Além da classificação para as oitavas de final, a seleção dos Estados Unidos tem a segurança como uma prioridade na Copa do Mundo do Brasil. Isso porque no final da tarde de ontem, quando a delegação norte-americana aportou no Recife, um esquema especial foi montado para garantir que os jogadores permanecessem protegidos. No total, 700 policiais (Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Rocam, FBI e segurança particular da Fifa) estiveram envolvidos na logística que recebeu a seleção no Aeroporto Internacional dos Guararapes e a escoltou até o hotel Golden Tulip, em Boa Viagem. 


Das oito seleção que já jogaram no Recife – Costa do Marfim, Japão, Itália, Costa Rica, México, Croácia, e Alemanha passaram por aqui durante o Mundial –, esta foi a primeira vez que houve mais policiais do que torcedores na entrada do hotel. “Recebemos a orientação de reforçar a segurança porque tem muitos norte-americanos na cidade e esperávamos uma multidão hoje. Mas a chuva atrapalhou um pouco a vinda deles”, explicou o tenente Edson Gomes, que estava no comando da operação. 

O estudante norte-americano Maten Klaff era um dos poucos torcedores que aguardavam a chegada da seleção. Ele ficou muito contente em ver seus ídolos de perto, mas fez uma observação sobre o forte esquema de segurança. “É incrível como no Brasil jogadores de futebol recebem tanta atenção. Esse tipo de coisa só aconteceria no nosso país se fosse um líder de Estado chegando. Enquanto isso,existe violência em outros locais da cidade e não há o mínimo de segurança”, destacou.

RECEPÇÃO


Entre os poucos curiosos que resolveram ignorar a chuva de ontem para recepcionar a delegação norte-americana nas proximidades do hotel Golden Tulip, os torcedores e dos Estados Unidos eram visivelmente minoria. Ainda assim, foi só jogadores como Jermaine Jones e Clint Dempsey, autores dos gols no empate em 2x2 com Portugal pela segunda rodada da Chave G, aparecerem que o grupo começou a entoar gritos de “USA, USA!”, emendados pela música We are the Champions (Nós somos Campeões), da banda britânica Queen.

Apesar da confiança demonstrada no momento em que recepcionou seleção, o torcedor norte-americano Zak Benhakuma sabe que superar a tricampeã mundial Alemanha não vai ser algo tão simples. “Minha cabeça diz que os alemães irão nos aniquilar, mas meu coração diz que nós vamos ganhar”, contou.

Sem levar em consideração a tradição do adversário, outros torcedores norte-americanos destacavam que o confronto de amanhã, na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, será a oportunidade perfeita para vingar a eliminação dos Estados Unidos nas quartas de final do Mundial de 2002, após derrota por 1x0, melhor resultado conquistado pelos Estados Unidos na história do torneio. “Praticamente mandamos Portugal para casa e vamos fazer o mesmo com a Alemanha, já que, em 2002, eles estragaram a nossa festa”, afirmou Estevan Bonella.


Assim como os compatriotas, os amigos Mara Marski, Ani Klaus e Matan Klaff também estiveram nas proximidades do Golden Tulip para apoiar a equipe dos Estados Unidos. Os três, no entanto, ainda não conseguiram ingressos e provavelmente acompanharão a partida longe da Arena Pernambuco. “Acabamos de chegar do Rio de Janeiro e só estamos no Brasil por causa da Copa. Como não sabemos se conseguiremos ingressos para a partida com a Alemanha, não podíamos deixar de vir aqui (no Golden Tulip) recepcioná-los”, disse Ani. 
Fonte: Gabriela Máxima e Luana Ponson/Foto: Alexandre Gondim

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