Além da classificação para as oitavas de final, a seleção dos Estados
Unidos tem a segurança como uma prioridade na Copa do Mundo do Brasil.
Isso porque no final da tarde de ontem, quando a delegação
norte-americana aportou no Recife, um esquema especial foi montado para
garantir que os jogadores permanecessem protegidos. No total, 700
policiais (Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia
Rodoviária Federal, Rocam, FBI e segurança particular da Fifa) estiveram
envolvidos na logística que recebeu a seleção no Aeroporto
Internacional dos Guararapes e a escoltou até o hotel Golden Tulip, em
Boa Viagem.
Das oito seleção que já jogaram no Recife – Costa do Marfim, Japão,
Itália, Costa Rica, México, Croácia, e Alemanha passaram por aqui
durante o Mundial –, esta foi a primeira vez que houve mais policiais do
que torcedores na entrada do hotel. “Recebemos a orientação de reforçar
a segurança porque tem muitos norte-americanos na cidade e esperávamos
uma multidão hoje. Mas a chuva atrapalhou um pouco a vinda deles”,
explicou o tenente Edson Gomes, que estava no comando da operação.
O estudante norte-americano Maten Klaff era um dos poucos torcedores
que aguardavam a chegada da seleção. Ele ficou muito contente em ver
seus ídolos de perto, mas fez uma observação sobre o forte esquema de
segurança. “É incrível como no Brasil jogadores de futebol recebem tanta
atenção. Esse tipo de coisa só aconteceria no nosso país se fosse um
líder de Estado chegando. Enquanto isso,existe violência em outros
locais da cidade e não há o mínimo de segurança”, destacou.
RECEPÇÃO
Entre os poucos curiosos que resolveram ignorar a chuva de ontem para
recepcionar a delegação norte-americana nas proximidades do hotel Golden
Tulip, os torcedores e dos Estados Unidos eram visivelmente minoria.
Ainda assim, foi só jogadores como Jermaine Jones e Clint Dempsey,
autores dos gols no empate em 2x2 com Portugal pela segunda rodada da
Chave G, aparecerem que o grupo começou a entoar gritos de “USA, USA!”,
emendados pela música We are the Champions (Nós somos Campeões), da
banda britânica Queen.
Apesar da confiança demonstrada no momento em que recepcionou seleção,
o torcedor norte-americano Zak Benhakuma sabe que superar a tricampeã
mundial Alemanha não vai ser algo tão simples. “Minha cabeça diz que os
alemães irão nos aniquilar, mas meu coração diz que nós vamos ganhar”,
contou.
Sem levar em consideração a tradição do adversário, outros torcedores
norte-americanos destacavam que o confronto de amanhã, na Arena
Pernambuco, em São Lourenço da Mata, será a oportunidade perfeita para
vingar a eliminação dos Estados Unidos nas quartas de final do Mundial
de 2002, após derrota por 1x0, melhor resultado conquistado pelos
Estados Unidos na história do torneio. “Praticamente mandamos Portugal
para casa e vamos fazer o mesmo com a Alemanha, já que, em 2002, eles
estragaram a nossa festa”, afirmou Estevan Bonella.
Assim como os compatriotas, os amigos Mara Marski, Ani Klaus e Matan
Klaff também estiveram nas proximidades do Golden Tulip para apoiar a
equipe dos Estados Unidos. Os três, no entanto, ainda não conseguiram
ingressos e provavelmente acompanharão a partida longe da Arena
Pernambuco. “Acabamos de chegar do Rio de Janeiro e só estamos no Brasil
por causa da Copa. Como não sabemos se conseguiremos ingressos para a
partida com a Alemanha, não podíamos deixar de vir aqui (no Golden
Tulip) recepcioná-los”, disse Ani.
Fonte: Gabriela Máxima e Luana Ponson/Foto: Alexandre Gondim
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