quinta-feira, 17 de abril de 2014

Delegado orienta vítimas de assédio sexual a gritarem para pedir ajuda

Suspeito foi filmado fugindo às pressas após o ataque

O delegado de Boa Viagem, Erivaldo Guerra, falou na manhã desta quinta-feira sobre os recentes casos de assédio sexual dentro de salas de cinema do Recife. Ele aproveitou para orientar as vítimas a chamarem a atenção das pessoas, gritando. No último caso, registrado em um shopping da zona sul da cidade, a vítima teve a reação de tirar a mão do suspeito de dentro do vestido, deixar a cadeira e gritar para chamar o segurança. 
A medida não acarretou na prisão do suspeito, mas possibilitou à polícia encontrar, no arquivo do circuito interno de televisão, as imagens do homem correndo para fugir do local. O material está sendo divulgado para ajudar na identificação do suspeito.  Quem tiver informações que possam ajudar a polícia, pode telefonar para o Disque-Denúncia - (81) 3421-9595 - ou para a delegacia: (81) 3184-3325. Para isso, não precisa se identificar. A mulher também prestou queixa na Delegacia de Boa Viagem. 
No Distrito Federal (DF), uma campanha foi lançada para encorajar mulheres a denunciar abusos sexuais no transporte público. Com o tema “Assédio sexual no ônibus é crime” , a iniciativa também pretende sensibilizar passageiros a defender a vítima.


A campanha mostra que o ato pode ser enquadrado como “importunação ofensiva ao pudor” e até “estupro” e levar o autor à prisão. Em depoimentos colhidos no DF, a polícia verificou que muitas das mulheres assediadas não sabem exatamente o que é crime e que as testemunhas se omitem.

A orientação no DF é que a tanto a vítima quanto as testemunhas acionem o 190, telefone de emergência da Polícia Militar e peçam a intervenção de uma patrulha. Em Brasília, para conter o assédio, o Metrô criou o “vagão rosa” como espaço exclusivo para as mulheres nos horários de pico. A medida é adotada, também, em outras capitais, como o Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba.

Em São Paulo, um grupo feminista chegou à atitude extrema de distribuir alfinetes para mulheres em uma estação de metrô para coibir a ação dos chamados “encoxadores”. O protesto, realizado pelo Movimento Mulheres em Luta,  distribuiu os kits acompanhados da frase “Não me encoxa que eu não te furo”. No material informativo, a ONG cobra uma respsota à segurança do metrô e ao governo do estado. 

No Recife, o caso de assédio no cinema foi o segundo registrado em menos de um mês. No último dia 29, a Delegacia de Casa Amarela abriu inquérito para investigar a denúncia de uma advogada de 26 anos. Segundo depoimento, a vítima estava assistindo ao filme Alemão quando percebeu que um homem na cadeira ao lado havia se masturbado e que o sêmen atingiu uma das pernas dela. O suspeito fugiu quando a vítima chamou o segurança.
Fonte: pernambuco.com/Foto: Reprodução Internet

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