segunda-feira, 31 de março de 2014

Saldo dos protestos acontecidos hoje, com fechamento de BRs no Estado, clamando por reforma agrária e justiça social, foi positivo

Para o Presidente da CUT, Carlos Veras, os camponeses não precisam mais de conversa. Agora é o momento, já tarde, de ação concreta.

Pernambuco amanheceu hoje (31), ao som de palavras de ordem e clamores de mais de 2 mil agricultores da Zona da Mata, que estão cansados de esperar por implementação de políticas públicas que garantam reforma agrária com justiça social.

O protesto se deu a partir das 6h com bloqueios da BR 101 Sul na altura da Fábrica da Vitarella; da BR 101 Norte, próximo à Usina Maravilha, em Goiana; e da BR 232, em frente ao Parque Aquático, em Moreno; em Gaibu/Cabo de Santo de Agostinho, entrada Sul de Suape. Além disto, uma panfletagem com ato público aconteceu na Praça do Derby – Toneladas de produtos produzidos na Região foram distribuídas.

Para o Presidente da CUT/PE, Carlos Veras, conceituou o movimento como positivo. Tendo destaque para a importância da unificação das lutas das organizações e entidades do campo.

Carlos faz questão de declarar seu repúdio à forma truculenta como agiu a Polícia Militar, na tentativa de intimidar os cidadãos. Segundo o Presidente, infelizmente foi possível lembrar as nefastas cenas que o povo sofreu durante o período da ditadura militar, onde de forma brutal e covarde, as pessoas eram reprimidas a não reivindicarem seus direitos.

Continuando, o presidente da CUT lembrou que há sete meses as organizações sociais campo entregaram aos governos Estadual e Federal o documento “Diretrizes para reestruturação socioprodutiva da Zona da Mata ”. São 85 propostas em contraposição ao modelo de desenvolvimento excludente e injusto vigente na região. Porém, passados sete meses da entrega do documento, nenhuma medida foi anunciada pelos órgãos estatais. “Hoje, dia 31 de março de 2014 foi dado o primeiro passo. Se o Governo não responder com ações concretas vamos continuar mobilizados e nas ruas, cobrando nossos direitos” - concluiu.

Participaram efetivamente do movimento, a FETAPE, CPT, MST, Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da Zona da Mata, Contag,  Sabiá, Serta, Fase, Centro Josué de Castro, LecGeo/UFPE, ICN, Assocene, Coopagel, Coopag e Centro das Mulheres do Cabo.

Por Marcello Santanna/Com informações da CUT/ Fotos: Reprodução Internet

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