Para o
Presidente da CUT, Carlos Veras, os camponeses não precisam mais de conversa.
Agora é o momento, já tarde, de ação concreta.
Pernambuco
amanheceu hoje (31), ao som de palavras de ordem e clamores de mais de 2 mil
agricultores da Zona da Mata, que estão cansados de esperar por implementação
de políticas públicas que garantam reforma agrária com justiça social.
O protesto
se deu a partir das 6h com bloqueios da BR 101 Sul na altura da Fábrica da
Vitarella; da BR 101 Norte, próximo à Usina Maravilha, em Goiana; e da BR 232,
em frente ao Parque Aquático, em Moreno; em Gaibu/Cabo de Santo de Agostinho,
entrada Sul de Suape. Além disto, uma panfletagem com ato público aconteceu na
Praça do Derby – Toneladas de produtos produzidos na Região foram distribuídas.
Para o
Presidente da CUT/PE, Carlos Veras, conceituou o movimento como positivo. Tendo
destaque para a importância da unificação das lutas das organizações e
entidades do campo.
Carlos faz
questão de declarar seu repúdio à forma truculenta como agiu a Polícia Militar,
na tentativa de intimidar os cidadãos. Segundo o Presidente, infelizmente foi
possível lembrar as nefastas cenas que o povo sofreu durante o período da ditadura
militar, onde de forma brutal e covarde, as pessoas eram reprimidas a não
reivindicarem seus direitos.
Continuando,
o presidente da CUT lembrou que há sete meses as organizações sociais campo
entregaram aos governos Estadual e Federal o documento “Diretrizes para
reestruturação socioprodutiva da Zona da Mata ”. São 85 propostas em
contraposição ao modelo de desenvolvimento excludente e injusto vigente na
região. Porém, passados sete meses da entrega do documento, nenhuma medida foi
anunciada pelos órgãos estatais. “Hoje,
dia 31 de março de 2014 foi dado o primeiro passo. Se o Governo não responder
com ações concretas vamos continuar mobilizados e nas ruas, cobrando nossos
direitos” - concluiu.
Participaram
efetivamente do movimento, a FETAPE, CPT, MST, Sindicatos de Trabalhadores
e Trabalhadoras Rurais da Zona da Mata, Contag, Sabiá, Serta, Fase,
Centro Josué de Castro, LecGeo/UFPE, ICN, Assocene, Coopagel, Coopag e Centro
das Mulheres do Cabo.
Por Marcello Santanna/Com informações da CUT/ Fotos: Reprodução Internet
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