Os alimentos dietéticos introduzidos há algumas décadas são cada vez mais consumidos.
Esta conclusão é resultado de pesquisas frequentes sobre o consumo de
refrigerantes por instituições de saúde norte-americanas. Uma delas tem a
abreviatura de MESA (Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis), que
avaliou os fatores que contribuem para o surgimento das duas condições
que mais predispõem para a arteriosclerose: síndrome metabólica e o
Diabetes Mellitus entre americanos de diversas etnias.
São considerados portadores da síndrome aqueles indivíduos que apresentem três ou mais das seguintes alterações: aumento da circunferência abdominal, elevação da pressão arterial, glicose de jejum alterada, aumento do triglicerídeos e diminuição do bom colesterol (HDL).
Diabéticos são aqueles em que a glicose sanguínea em jejum é igual ou superior a 126 mg/dl. Dentre as diversas condições analisadas, o consumo de refrigerante adoçado com adoçantes artificiais foi uma delas. Os indivíduos foram separados em dois grupos: 1 - usuários que ingeriam a bebida pelo menos uma vez por dia; 2 - os que consumiam menos que isso ou nada. O primeiro grupo, o de consumidores, mostrou um aumento de 36% da síndrome metabólica em relação aos que não usavam. Quanto ao diabetes, os resultados foram muito mais dramáticos, 67% a mais na turma do refrigerante.
Apesar da grande surpresa que esta pesquisa causou, investigações médicas anteriores já apontavam nesta direção. Uma pesquisa realizada anos atrás pelo mesma instituição americana (Heart Lung And Blood Institute) também avaliou quais os fatores que favoreciam o surgimento da arteriosclerose. Este trabalho científico denominado de ARIC (Atherosclerosis Risk in Communities) também sugeriu que o uso do refrigerante dietético aumentaria o risco de sobrepeso e do diabetes. Um outro estudo mais recente realizado com roedores constatou que os animais que tinham adoçantes na sua dieta aumentaram mais de peso do que os que usavam açúcar.
Os alimentos dietéticos introduzidos há algumas décadas são cada vez mais consumidos. O faturamento deste tipo de alimento é de bilhões de dólares anuais. No entanto, a frequência das condições - obesidade, hipertensão arterial e o diabetes - que se esperava que com a introdução deste tipo de alimentação diminuísse, isto não aconteceu. Muito ao contrário. São cada mais frequentes e graves. Como explicar como alimentos com menor valor calórico (os refrigerantes têm zero) e sem açúcar não fossem trazer o benefício de evitar ou diminuir o surgimento de condições que se acredita que decorram de ingesta calórica exagerada e ou do uso de açúcar?
Como e por que isto não ocorreu? A ação deletéria direta dos refrigerantes por mecanismos ainda não conhecidos? Uma compensação involuntária da ingesta calórica, ou seja, o organismo exigiria uma compensação calórica “vantajosa” à tentativa de redução de calorias pelo consumo desse tipo de refrigerantes?
Por uma compensação voluntária? Quem usa este tipo de refrigerante se sente mais liberado para se alimentar de acordo com as suas preferências. Que tal uma pizza com refrigerante dietético? Os resultados observados no MESA necessitam ser confirmados por outras investigações. Existem várias críticas à sua metodologia. Entre elas, o fato de que não terem sido analisados a dieta e os hábitos de vida dos participantes. Fatores sabidamente importantes nestes tipo de pesquisa.
Enquanto isto não acontece, parece não ser recomendável tentar evitar a obesidade, a hipertensão e o diabetes apenas com o uso de refrigerantes dietéticos. As únicas medidas comprovadas são a uma dieta orientada e a prática de exercícios fisicos regulares.
São considerados portadores da síndrome aqueles indivíduos que apresentem três ou mais das seguintes alterações: aumento da circunferência abdominal, elevação da pressão arterial, glicose de jejum alterada, aumento do triglicerídeos e diminuição do bom colesterol (HDL).
Diabéticos são aqueles em que a glicose sanguínea em jejum é igual ou superior a 126 mg/dl. Dentre as diversas condições analisadas, o consumo de refrigerante adoçado com adoçantes artificiais foi uma delas. Os indivíduos foram separados em dois grupos: 1 - usuários que ingeriam a bebida pelo menos uma vez por dia; 2 - os que consumiam menos que isso ou nada. O primeiro grupo, o de consumidores, mostrou um aumento de 36% da síndrome metabólica em relação aos que não usavam. Quanto ao diabetes, os resultados foram muito mais dramáticos, 67% a mais na turma do refrigerante.
Apesar da grande surpresa que esta pesquisa causou, investigações médicas anteriores já apontavam nesta direção. Uma pesquisa realizada anos atrás pelo mesma instituição americana (Heart Lung And Blood Institute) também avaliou quais os fatores que favoreciam o surgimento da arteriosclerose. Este trabalho científico denominado de ARIC (Atherosclerosis Risk in Communities) também sugeriu que o uso do refrigerante dietético aumentaria o risco de sobrepeso e do diabetes. Um outro estudo mais recente realizado com roedores constatou que os animais que tinham adoçantes na sua dieta aumentaram mais de peso do que os que usavam açúcar.
Os alimentos dietéticos introduzidos há algumas décadas são cada vez mais consumidos. O faturamento deste tipo de alimento é de bilhões de dólares anuais. No entanto, a frequência das condições - obesidade, hipertensão arterial e o diabetes - que se esperava que com a introdução deste tipo de alimentação diminuísse, isto não aconteceu. Muito ao contrário. São cada mais frequentes e graves. Como explicar como alimentos com menor valor calórico (os refrigerantes têm zero) e sem açúcar não fossem trazer o benefício de evitar ou diminuir o surgimento de condições que se acredita que decorram de ingesta calórica exagerada e ou do uso de açúcar?
Como e por que isto não ocorreu? A ação deletéria direta dos refrigerantes por mecanismos ainda não conhecidos? Uma compensação involuntária da ingesta calórica, ou seja, o organismo exigiria uma compensação calórica “vantajosa” à tentativa de redução de calorias pelo consumo desse tipo de refrigerantes?
Por uma compensação voluntária? Quem usa este tipo de refrigerante se sente mais liberado para se alimentar de acordo com as suas preferências. Que tal uma pizza com refrigerante dietético? Os resultados observados no MESA necessitam ser confirmados por outras investigações. Existem várias críticas à sua metodologia. Entre elas, o fato de que não terem sido analisados a dieta e os hábitos de vida dos participantes. Fatores sabidamente importantes nestes tipo de pesquisa.
Enquanto isto não acontece, parece não ser recomendável tentar evitar a obesidade, a hipertensão e o diabetes apenas com o uso de refrigerantes dietéticos. As únicas medidas comprovadas são a uma dieta orientada e a prática de exercícios fisicos regulares.
Fonte: Ney Cavalcanti/FolhaPE/Foto: Reprodução Internet
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