quinta-feira, 22 de maio de 2014

Parte da história do Recife poderá ser destruída para ceder espaço à exploração imobiliária

Os Armazéns do Cais José Estelita começaram a ser destruídos para construção de grandes edifícios.

Quando tudo era deserto e silêncio nas proximidades do Cais José Estelita, Bairro de São José, Centro da Cidade do Recife, na noite de ontem (21), máquinas da Empresa Construtora Moura Dubeux, aproveitaram para iniciar demolição dos históricos armazéns do Cais.

Tão logo tomaram conhecimento, estudantes e integrantes do Movimento Direitos Humanos começaram a se articular pelas redes sociais da internet, divulgando o caso e convidamos a todos para se dirigirem ao local, na tentativa de impedir o que se considera destruir elementos de parte da história do Recife/Pernambuco.

Segundo o ativista do Direitos Humanos, informou à Redação do Jornal PE da Gente, que por volta das 23:45h já estavam presentes mais de 100 pessoas e que a cada momento o número aumentava. Porém todos estiveram sob ameaça dos seguranças contratados pela Empresa, alguns destes, armados.

Um dos rapazes que participava do protesto ordeiro, relata na rede social, que tentando fazer fotos de dentro do terreno, foi pego por um dos seguranças que o agrediu física e moralmente, chegando a quebrar o aparelho de celular usado para fazer as fotos.

O caso foi parar na Delegacia. E o Ministério Público já se pronunciou dizendo que, além de investigar a denúncia de agressão, vai entrar com uma ação cautelar no Tribunal de Justiça do Estado pra impedir a demolição dos armazéns. Segundo o Promotor do MPPE, Ricardo Coelho, o entendimento do Ministério é que a área ainda está no perímetro do patrimônio histórico e não pode ser demolida".

A intervenção da Polícia, a ademolição foi interrompida, embora a Construtora alegue que é proprietária da área, até que se chegue a uma solução para os impasses sobre o destino dos armazéns. Esperando-se por uma reunião entre representantes da construtora Moura Dubeux, Prefeitura do Recife e do Direitos Urbanos. Enquanto isso, manifestantes continuam acampados no local.

Por Marcello Santanna/Jornal PE da Gente/Foto: Reprodução/NE10

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