domingo, 18 de maio de 2014

OLINDA: Prefeitura doa a empresa privada norte-americana um terreno de 40 milhões

A transação ocorreu na administração da então prefeita Luciana Santos. Segundo o Vereador Arlindo Siqueira, isso cheira a maracutaia.

O vereador Arlindo Siqueira (PSL) diz que cheira a "coisa errada" a desapropriação do terreno onde funcionou por quase 40 anos o quartel do Batalhão da Polícia do Exército, no Bairro Novo. Segundo ele, a área avaliada em cerca de R$ 40 milhões, foi entregue ao grupo norte-americano Walmart (Bompreço) de graça. A outra parte do terreno ficou com um grupo que está construindo um shopping.

Segundo Arlindo, a prefeitura alienou (transferiu a propriedade para outro interessado) em troca, apenas, de uma obra de prolongamento da Rua Professor Cândido Pessoa, o alargamento das viaslocais e a implantação de um semáforo (que beneficiam o próprio supermercado/shopping). A transação obscura, de acordo com o vereador, aconteceu na administração da ex-prefeita e atual deputada federal Luciana Santos, do PCdoB.

"Um município carente de recursos não pode se dar ao luxo de doar um terreno de R$ 40 milhões e receber em troca um serviço que não chega sequer à casa de R$ 1 milhão - e que não beneficia a população em nada,. a não ser ao próprio estabelecimento. A ex-prefeita e a administração municipal do PCdoB vão ter que se explicar. Isso cheira a maracutaia, coisa suja, podre", diz o vereador.

Na área onde funcionou o antigo quartel da PE poderia ter sido construído um grande parque, equipamento público que a cidade não tem; uma unidade de saúde ou escola. "Infelizmente, a ex-prefeita resolveu presentear com o terreno um grupo empresarial", concluiu o vereador.

O Parlamentar, diante das possíveis irregularidades no referido processo de doação do citado terreno, formalizou, no último dia 15 em sessão da Câmara Municipal, um pedido de informações. Quer conhecer os detalhes dessa "transação" que não ficou clara. Que saber quem participou da 'montagem' do acordo (prefeita, secretários e diretores da prefeitura) e como se comportou a Câmara Municipal naquela época (2005), dando apoio e aprovando a doação.

O passo seguinte, em caso de constatação de irregularidades, será solicitar a intervenção do Ministério Público e da Justiça para a devolução do terreno ao município e/ou o pagamento do mesmo pelo valor real, hoje estimado entre R$ 40 e R$ 45 milhões, bem como pedir a punição dos responsáveis por improbidade administrativa.

Por Alexandre Acioli /Foto: Google Maps

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