Cerca de 500 mil servidores de diversos órgãos ligados ao Governo Federal podem entrar em greve antes do início da Copa do Mundo. Entre os serviços ameaçados estão a fiscalização de fronteiras e a segurança dos aeroportos. No geral, as reivindicações das categorias giram em torno de temas como reajustes, benefícios aos aposentados, critérios claros para progressão na carreira e antecipação de acordos salariais firmados em 2012.
Na última terça-feira (13) funcionários dos consulados do Brasil paralisaram suas atividades em nove postos ao redor do mundo, como em Nova York nos EUA e Paris na França. Na semana passada, a base dos servidores da administração federal aprovou um indicativo de greve para o dia 10 de junho, dois dias antes do início do mundial de futebol. Já a Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal planeja realizar atos públicos nas cidades-sede da Copa do Mundo na estreia do torneio.
Segundo a legislação, não é permitido dar um aumento geral aos servidores em ano eleitoral. Entretanto, em 2006 o ex-presidente Lula (PT) concedeu aumentos a algumas categorias. Como o direito de greve dos servidores federais não está plenamente regulamentado não existe parâmetros para definir quantos servidores estariam obrigados a trabalhar durante o período da Copa do Mundo.
De acordo com Gilbran Jordão, coordenador-geral da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras, a falta de disposição do Governo Federal em atender as exigências dos trabalhadores pode prejudicar no projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
“Se continuar a intransigência, a caracterização será a de um governo que não dialoga com o trabalhador. Isso terá um impacto na eleição”, afirmou.
Por Tauan Saturnino/Blog da Folha/Foto: Reprodução
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