domingo, 12 de janeiro de 2014

Livro é vilão da lista escolar

Especialistas recomendam a realização de pesquisas de preços em várias livrarias e editoras para tentar diminuir as despesas com as publicações


Responsável por concentrar boa parte dos investimentos feitos pelos pais no período de volta às aulas, o livro é o grande vilão da lista de material escolar. Para tentar driblar os preços e minimizar os gastos, os especialistas indicam que o melhor a se fazer é pesquisar os valores em várias livrarias e nas editoras, caso tenha em sua cidade. No orçamento de R$ 2 mil de uma lista de material escolar, feito pela coordenadora de Recursos Humanos, Marileide Tavares, R$ 800 são destinados apenas as compras dos didáticos. No caso do engenheiro Cláudio Menezes, o comprometimento é de quase 100%. Do total de R$ 1,19 mil, mil são destinados para a compra dos exemplares.
Sabendo disso, Marileide usou a expertise a seu favor. Durante o ano de 2013, a coordenadora poupou todos os meses para comprar esses itens agora. “Esses gastos são praxe e para não comprometer a lista decidi economizar”, ressaltou. Outra coisa que Marileide combinou com a filha Thaysa, de nove anos, foi reaproveitar alguns materiais. “Por exemplo, a bolsa dá pra usar por dois anos, o dicionário não é uma coisa que fique obsoleta, assim como réguas e tesouras”, ponderou.
Na situação da funcionária pública e mãe de Igor, de dois anos, Ana Luiza Vilela, essa estratégia não poupa os cifrões das suas finanças. “Como é a primeira vez dele na escola, não tenho parâmetro de outros anos e muito menos condições de reutilizar materiais”, contou. Ana reservou R$ 600 do 13º salário e revelou que a pesquisa será a única opção para que as contas não extrapolem.
Para o operador químico Ronaldo Ferreira, o passar dos anos e a experiência com listas escolares o deixou maceteado para não gastar muito. “Sei onde e o que comprar. Também sei o quanto devo reservar para comprar à vista”. Há seis anos, Ferreira guarda R$ 500 para a compra do material de Luna, de seis anos.
Na opinião do advogado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Christian Printes, “uma das opções é recorrer às compras diretamente com editoras”. Já o professor de Economia da Faculdade Boa Viagem (FBV), Marcelo Barros, aconselha as compras coletivas. “Eles podem conseguir descontos de até 30% e se for à vista é importante pedir pelo menos 10% de desconto”, reforçou.
Para a administradora Taciana Meireles essa alternativa pode funciona, já que os dois filhos usam apostilas. De acordo com o advogado do Idec, Printes, o colégio não pode exigir que a matrícula seja casada com a aquisição dos livros. “Os pais podem pesquisar as apostilas nas editoras e livrarias que lhes forem convenientes”, afirmou.
REPASSE - a Feira de Troca de Livros do Sesc acontece no próximo semana dia 18. As trocas de livros por cupons acontecem até quinta (16) nas quatro bibliotecas do Recife, e na sexta (17), na unidade de Santo Amaro.
Fonte: FolhaPE/Foto: André Nery

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