Percorrer um trajeto mais longo para chegar em casa, se expor a risco de acidentes e ter prejuízos financeiros são alguns dos problemas que há cerca de três meses assombram os moradores da Rua Artur Pelópidas de Queiroz, no bairro de Ouro Preto, em Olinda. Uma extensão de cerca de 15 metros da rua está toda descalçada, com os paralelepípedos soltos e muita terra. Com cerca de 40 cm de profundidade, a espécie de cratera foi aberta por uma obra da Compesa e nenhum veículo ou pedestre consegue transitar na rua sem enfrentar dificuldade. Os moradores e comerciantes do local estão indignados com a situação e se sentindo prejudicados.
A rua, que fica numa subida, é a única pavimentada que dá acesso a mais três principais, que são a Rua Presidente Costa e Silva, Manoel Simplício e José Avelino Filho. Todo tipo de entrega, serviços de socorro e entrada e saída de moradores é feito por esse acesso, que está todo danificado. De acordo com o líder comunitário Ricardo Miranda, a obra da Compesa foi para o conserto de um vazamento de água e, depois das escavações, o calçamento não foi reparado. “Com a quantidade de carros passando e as chuvas recentes, a situação piorou”. A comunidade tentou entrar em contato com o gerente da Compesa, Marcelo Guimarães, mas devido ao recesso de final de ano, a comunicação ficou só para janeiro do ano que vem. “Queremos que a empresa que fez a obra volte e faça o restabelecimento do calçamento” explicou.
O problema começa na Rua Ema, que foi o foco do vazamento, e, de acordo com os moradores, os funcionários da Compesa saíram escavando até as proximidades da Pelópidas Queiroz, que fica na sua transversal. Com o trânsito frequente de automóveis, os pedregulhos foram arrastados e o retrato é um cenário de completo descaso. As calçadas também estão ocupadas por pedras, o que dificulta a locomoção de pessoas com deficiência e idosos.
A situação gera risco para os caminhões, motos e carros, que têm que passar com muito cuidado e mesmo assim, não conseguem evitar acidentes “ Meu carro quebrou a barra de direção, que está com folga. Não uso mais o veículo porque não tenho mais como chegar ou sair da minha casa” disse o morador da localidade, Antônio Vieira. “Terei que arcar com o prejuízo” lamentou. Quem sofre acidentes nas vias urbanas ou nas rodovias por causa de um buraco tem o direito legal de um ressarcimento pelo órgão responsável. No caso de um processo na justiça, é necessário registrar um boletim de ocorrência, reunir provas, conseguir testemunhas e realizar orçamentos do conserto do veículo.
Pelo desgaste do calçamento, os taxistas e alguns carros desistem de subir a rua, o que traz prejuízos para o comércio local, que perdeu até área de estacionamento para os seus clientes devido à enorme extensão do problema. “O conserto do vazamento não melhorou a falta de água, que só chega de oito em oito dias. Se essa situação prejudica a comunidade, o comércio é o primeiro a ser prejudicado” disse o comerciante Agrício José da Silva.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Compesa informou que uma equipe foi deslocada na tarde desta sexta-feira (27) o local para executar o reaterro do trecho. Já a reposição do calçamento será realizada num prazo de dez dias.
Fonte: Pernambuco.com/Foto: Myrela Moura
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