Moradores reclamam das condições de rua próxima ao centro histórico, em Olinda. Prefeitura responsabiliza a própria população
Apesar de Patrimônio Cultural da Humanidade, a cidade de Olinda apresenta sinais de má conservação. No bairro do Varadouro, uma rua majoritariamente residencial tem sido classificada como "lixão do sítio histórico". Com nome oficial de João Martiniano da Silva, mas reconhecida com mais facilidade pelo apelido Beco do Caixão, a rua se localiza entre pontos movimentadas da região: a Avenida Joaquim Nabuco e a Rua do Amparo. Apesar do potencial de visibilidade do local, entulhos de lixo margeiam a via não pavimentada, que conta com buracos que dificultam o trânsito de veículos e pessoas, esgoto a céu aberto e pouca iluminação.
Segundo a denúncia do cidadão repórter Miguel Tomas, a Rua João Martiniano da Silva "deveria ser como qualquer outra de Olinda, mas foi esquecida pela Prefeitura de Olinda e virou a lata de lixo dos moradores". Ele relata que na localidade são encontrados animais mortos e restos de construção e podas de árvores. "Tem ainda o esgoto fétido que não para de escorrer vindo da Bica dos Quatro Cantos", acrescenta. "A Prefeitura não envia equipe de limpeza e não responde as reclamações que são feitas a ela". A moradora Dulce Luna, de 80 anos, vive no local desde os 3 anos de idade e confirma as más condições. "Quando chove fica cheio de água, lama e esgoto, muito difícil de passar. O lixo é deixado por pessoas que não vivem aqui, mas acham que aqui é um bom lugar pra deixar esse tipo de material".
Dulce explica que a príncipio a Prefeitura de Olinda enviava equipes de limpeza ao local. "Mas o pessoal continua depositando lixo aqui. E na Prefeitura já nos informaram que essa rua consta como calçada, mas ela tá assim cheia de buracos e ninguém vem resolver". O trecho da via próximo ao cruzamento com a Avenida Joaquim Nabuco é o mais bem conservado, apesar da presença de lixo e buracos. Ao se aproximar do encontro com a Rua Cel. Joaquim Cavalcante, a quantidade de entulhos aumenta, assim como a presença de esgoto a céu aberto e a dificuldade de transitar. Próximo ao fim da rua, um buraco faz com que ciclistas subam à calçada e motoristas busquem outro caminho. Pedestres tentam desviar.
Dulce explica que a príncipio a Prefeitura de Olinda enviava equipes de limpeza ao local. "Mas o pessoal continua depositando lixo aqui. E na Prefeitura já nos informaram que essa rua consta como calçada, mas ela tá assim cheia de buracos e ninguém vem resolver". O trecho da via próximo ao cruzamento com a Avenida Joaquim Nabuco é o mais bem conservado, apesar da presença de lixo e buracos. Ao se aproximar do encontro com a Rua Cel. Joaquim Cavalcante, a quantidade de entulhos aumenta, assim como a presença de esgoto a céu aberto e a dificuldade de transitar. Próximo ao fim da rua, um buraco faz com que ciclistas subam à calçada e motoristas busquem outro caminho. Pedestres tentam desviar.
"É um caos aqui", conta Paulo Mário de Oliveira, 62, funcionário de um condomínio residencial localizado na rua. "Os próprios moradores do residencial pagaram pra retirar o lixo da rua porque estava muito pior". Nos muros da João Martiniano, letras garrafais pedem que entulho não seja depositado e avisam que a limpeza tem sido mantida pela própria população. "Essa rua costumava ser mais movimentada, mas fica cada vez mais difícil, por causa da sujeira e dos buracos. As pessoas passam pelo meio da rua, as crianças que saem dos colégios da região também. Quando chove fica impossível de andar tranquilamente. É muito sujo e quem mora por aqui se prejudica muito".
Ele informa ainda que a mudança na rotina da rua teve efeito negativo na sensação de segurança dos moradores. "Passa menos gente, a iluminação é baixa e tem tanto lixo que dá pra se esconder, aí acontecem alguns assaltos quando escurece". Depois de conseguir se desviar do lixo e dos buracos, o transeunte se depara com as tradicionais ruas olindenses, estreitas e com casas coloridas. O centro histórico frequentado pelos turistas fica logo ao lado, mas as condições dos moradores da área parece não ser afetada por isso. "Queria que aqui fosse melhor. Que fosse limpo, bem iluminado e sem buracos. Mas os moradores daqui já limparam, já pediram ajuda da Prefeitura, e tudo continua assim. Espero que melhore".
A Prefeitura da Olinda afirma, em nota, que tem conhecimento da situação relatada pelos moradores da Rua João Martiniano da Silva e que tem pedido colaboração da população para evitar o acúmulo de lixo. Segundo informado, a coleta de lixo domiciliar acontece frequentemente, mas a população deposita lixo nas ruas em horários que o caminhão de coleta não passa. A Prefeitura também acrescenta que a metralhas, entulhos e restos de podas de árvore "são de inteira responsabilidade de quem os produziu". No caso do morador não ter condições de contratar empresa para fazer recolhimento destes resíduos, a Prefeitura de Olinda sugere o depósito destes em caixas e sacos de até 100 litros, para que o caminhão de coleta possa fazer o recolhimento. Apesar do posicionamento, segundo a nota, equipes da Secretaria de Serviços Públicos serão enviadas ao local.
Ele informa ainda que a mudança na rotina da rua teve efeito negativo na sensação de segurança dos moradores. "Passa menos gente, a iluminação é baixa e tem tanto lixo que dá pra se esconder, aí acontecem alguns assaltos quando escurece". Depois de conseguir se desviar do lixo e dos buracos, o transeunte se depara com as tradicionais ruas olindenses, estreitas e com casas coloridas. O centro histórico frequentado pelos turistas fica logo ao lado, mas as condições dos moradores da área parece não ser afetada por isso. "Queria que aqui fosse melhor. Que fosse limpo, bem iluminado e sem buracos. Mas os moradores daqui já limparam, já pediram ajuda da Prefeitura, e tudo continua assim. Espero que melhore".
A Prefeitura da Olinda afirma, em nota, que tem conhecimento da situação relatada pelos moradores da Rua João Martiniano da Silva e que tem pedido colaboração da população para evitar o acúmulo de lixo. Segundo informado, a coleta de lixo domiciliar acontece frequentemente, mas a população deposita lixo nas ruas em horários que o caminhão de coleta não passa. A Prefeitura também acrescenta que a metralhas, entulhos e restos de podas de árvore "são de inteira responsabilidade de quem os produziu". No caso do morador não ter condições de contratar empresa para fazer recolhimento destes resíduos, a Prefeitura de Olinda sugere o depósito destes em caixas e sacos de até 100 litros, para que o caminhão de coleta possa fazer o recolhimento. Apesar do posicionamento, segundo a nota, equipes da Secretaria de Serviços Públicos serão enviadas ao local.
Fonte: DP/Fotos: Laís Araújo
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