sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Petistas tentam acordo sobre entrega de cargos


Os petistas terão um fim de semana de intensas e acaloradas reuniões. A primeira está agendada para hoje, na sede nacional do PT, em São Paulo, às 14h. O encontro acontecerá por solicitação da executiva estadual com a nacional para avaliação de conjuntura e a relação do partido com o governo do estado, após a aliança entre o governador Eduardo Campos e a ex-senadora Marina Silva para disputar a Presidência da República no próximo ano.

Amanhã, os petistas voltam a se reunir no Recife com os presidenciáveis da legenda para o debate das chapas da executiva nacional. O encontro será no Hotel Jangadeiro, em Boa Viagem, às 19h. E no domingo o diretório estadual realiza mais uma reunião que acontecerá entre 9h e 13h. Na pauta estará a discussão sobre política eleitoral e a relação do partido com o PSB.

O encontro em São Paulo será comandado pelo presidente nacional Rui Falcão e contará com a participação de uma delegação de 15 pessoas de Pernambuco. Divididos e com sérias divergências, os petistas deverão travar um debate acalorado. Parte da legenda defende a entrega imediata dos cargos do governo Eduardo e a outra alega que a saída deveria ser confirmada após o Processo de Eleição Direta (PED) do PT, marcado para o dia 10 de novembro, para evitar maiores tensões.

Na avaliação do ex-prefeito do Recife, João da Costa, não é só entregar os cargos, mas fazer uma discussão mais ampla no partido e também com as legendas aliadas. “O PT não vai a lugar nenhum com o clima que tem hoje. O partido não pode se limitar a entrega de cargos ou não. O debate tem que ser mais amplo. Diferenças políticas entre nós existem. Mas se a gente não criar um espaço de diálogo não tem construir alternativa para sairmos da situação que estamos”, afirmou.

Defensor da entrega dos cargos do governo, o deputado federal João Paulo (PT) entende ser necessária a construção de um pacto para que o PED aconteça de forma tranquila. “Os problemas políticos são normais em qualquer agremiação política. Agora, alguns tipos de comportamento e postura tornam difícil o diálogo. O partido precisa sentar para se reposicionar e redefinir sua estratégia”, destacou.


Fonte: DP/Foto: Bernardo Dantas

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