Quem não tem na família aquele sobrinho viciado em computador ou aquela tia que adora internet? Em plena era digital, onde as crianças aprendem muito cedo a usar compu-tadores e os adultos são fissurados nas ferramentas tecnológicas, os games vêm se destacando no mer-cado como um meio fundamental no processo de aprendizagem. Servem não só para entreter, mas também para auxiliar a metodologia pedagógica de maneira divertida e motivante.
Segundo o professor de inglês do Senac Pernambuco, Danilo Rodrigues, os jogos precisam possuir uma linha didática adequada à faixa etária a que eles são direcionados. “Existem games que não são pertinentes à prática pedagógica, é importante realizar esta triagem antes de usá-los em colégios. É necessário também orientar os alunos e direcionar o uso do jogo”, alerta o professor.
Uma das alunas de Danilo, a bibliotecária Sandryne Barreto, de 30 anos, utiliza os games em sala de aula semanalmente. “O jogo exige um raciocínio lógico rápido e simula um diálogo real.
Essa interação é o que mais me agrada. Muitas vezes estudamos assuntos com conteúdos densos e quando fazemos a revisão com os games o aprendizado se torna mais divertido”, explica.
Quem também incentiva a utilização de games por seus alunos é a professora de informática Viviane Barreto. Ela adota a prática com as turmas do Ensino Fundamental, duas vezes por semana. “O jogo atua com uma ferramenta que une os conteúdos que são dados em sala de aula. É interessante ver como eles adoram esse momento, quando estão jogando eles realizam contas de adição e subtração sem nem perceberem que estão lidando com a matemática”, afirma.
O aluno da alfabetização Davi Laupman, de seis anos, é fã confesso de tecnologia. “Essa é a minha aula favorita. Adoro mexer no computador e já tenho até um celular”, comenta. Sobre os jogos, o pequeno não tem dúvidas quanto ao seu favorito. “É mais legal aprender aqui no laboratório do que na sala de aula. Todos são bem divertidos e coloridos, se pudesse escolher apenas um para jogar o dia todo, seria o do Coelhinho Sabido”, afirma o menino.
Das atividades que podem ser desenvolvidas e aprimoradas com estes games, estão principalmente as ligadas à cognição e coordenação motora fina, que é a responsável pela capacidade de usar de forma precisa e eficiente os pequenos músculos do corpo. “Existem jogos mais complexos como os de ação e estratégia e também os mais elementares, como os de memória ou caça-palavras. Esses softwares ajudam as crianças a aprenderem, por exemplo, o que é direita ou esquerda”, explica a terapeuta ocupacional, Catarina Machado.
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NATHÁLIA GUIMARÃES / crédito foto Don Andreas / Fotolia.com
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