Vereadores de Igarassu promovem audiência pública para se discutir solução para problemas que Pescadores e Marisqueiros do Município vêm passando

No último dia 12, aconteceu na Sede do Legislativo Municipal, horas antes de início da Sessão Ordinária, a Audiência Pública para tratar de problemáticas ora enfrentadas por Pescadores e Marisqueiros do Município de Igarassu. Como um dos pontos da discussão, os impactos das manchas de óleo que tem atingido o litoral do Nordeste. Tiveram como proponentes desta Audiência os Vereadores Ademar de Barros, Aristóteles (Tote) e Valdemir Nunes (Maguila). Comparecendo representantes dos órgãos municipais competentes e entidades de classe, sindicatos e colônias de pesca da região.

Em sua palavras iniciais, tratando da justificativa da Audiência, o Presidente da Casa, Ademar de Barros, esclareceu que o Vereador Tote, acerca de dois meses, tem apresentado Indicação à Casa, para que seja discutido com o Poder Executivo Municipal o período de defeso do marisco na Praia de mangue Seco.

De acordo com o Vereador Tote existe o período de defeso para a pesca da lagosta e outros crustáceos, um período de aproximadamente três meses onde se é proibida a pesca, para que esses animais de reproduzam. Isto não acontecendo com o marisco, o Vereador propõe que o Governo Municipal, juntamente com os governos estadual e federal se sensibilizem com o caso e concedam aos Marisqueiros o benefício da bolsa de defeso para esses trabalhadores da pesca do marisco.

Para o Vereador Maguila, expondo sua preocupação social e econômica dos Pescadores e Marisqueiros quem não têm conseguido vender seus produtos em decorrência do noticiado na imprensa de que o consumo de peixes e crustáceos da região atingida pelo derramamento de óleo representa riscos à saúde, e sabendo que não existe leis de defeso para o marisco, solicitou aos representantes dos Governos Estadual e Federal, de que forma os trabalhadores da pesca de Igarassu poderiam ser contemplados com a ajuda vinda da Presidência da República para os pescadores das regiões atingidas pelo óleo.

Em sua fala Ademar de Barros pediu para o momento que todos os presentes pussem, não apenas relatar problemas, mas sobretudo dar ideias, apresentar propostas; sugestões, a fim que se encontre meios de pelo menos amenizar imediatamente os problemas, pois se trata de uma situação séria de sobrevivência. "Já tenho presenciado pessoas vindo aqui chorando por não ter o que comer em casa. Tendo em casa a friser cheia de maricos mas ninguém para comprar, por causa do medo de contaminação do óleo. Então a gente precisa saber o que fazer." - Disse Ademar.

Em seguida Marisqueiros, Pescadores em representantes do Governo Municipal, Estadual e Federal, expressaram seus sentimentos e expuseram as dificuldades e possíveis soluções. No final, a sugestão de atendimento emergencial pelo por parte do Secretário Municipal de Políticas  Sociais, Ívson Marcelo. Este convidou os representantes das duas colônias mais o Sindicato de Pescadores, para já no final da Audiência se reunirem na Sala da Presidência no intento de buscar uma unificação de informações dos cadastros que as três entidades individualmente possuem, e com este mesmos representantes, identificarem as famílias que mais estão precisando de uma ajuda social e estabelecerem como seria essa ajuda e os critérios para que sejam recebidas. O Secretário, falando em nome do Prefeito, informou que a ajuda emergencial, de cestas básicas, por exemplo, já poderiam, tão logo identificadas as famílias de necessidade gritante, estas já receberem o apoio no dia seguinte.

Outras medidas de médio e longo prazo também foram acordadas na Audiência, como iniciar a discussão de criar uma lei para que os Marisqueiros, a exemplo dos pescadores de lagostas e camarão, também tenham direito da bolsa do Governo Federal quando no período de defeso.

Por Marcelo Santana/Jornal PE da Gente/Foto: Divulgação/Reprod. filmagem da CMIg