Com seu novo sucesso, "Eu sou a diva que você quer copiar, a Cantora dá entrevista à Coluna da Roberta Jungmann.
Com um show que promete abalar as estruturas da Boate Metrópole/ Recife, Valesca dos Santos, a Popozuda, na entrevista diz que surpresas se aguardam quando perguntada sobre o cenário brega do Recife. Acompanhe a entrevista:
Não podíamos começar a entrevista sem falar da novidade dessa semana, que foi o fato de você se tornar colunista do jornal Extra. Como foi esse convite e o que devemos esperar nos textos de Valesca Popozuda?
Ah! Eu adorei sabia?! No começo fiquei pensando "será que vou dar conta"? O convite veio após eu ter feito um texto falando sobre um político que deu uma declaração homofóbica, e isso repercutiu bastante. Daí veio o convite para ter uma coluna semanal falando de diversos assuntos.
No primeiro texto da coluna, você se identifica como “Valesca dos Santos”. Ao final, assina como “sou Valesca Popuzuda”. Isso quer dizer que são duas Valescas que convivem juntas? Ou a “dos Santos” hoje se tornou definitivamente a “Popozuda”?
Então, eu me pego às vezes pensando como a Popozuda pensaria e agindo como a dos Santos agiria. Sou a mesma pessoa, porém com ideias e pensamentos que mudam (risos). Mas a essência é a mesma .
O seu filho sempre está presente nas suas falas e você faz questão de se classificar como “mãe” e “artista”. O quão difícil é equilibrar as duas coisas? Como seu filho reage à mãe estrela do funk?
No começo foi difícil conciliar, pois era tudo novo pra mim e eu pude contar muito com a ajuda da minha mãe. Hoje, eu já consigo conciliar total isso, ele já está grande e entende as coisas. Eu consigo ditar regras e ele sempre as segue. Ele acha comum esse lance de ter a mãe famosa. Ele curte, acha bacana e tem orgulho de mim.
O show que você apresenta na Metrópole é "A Diva que Você quer Copiar". De fato, você acredita que está num patamar que já inspira outras cantoras do mundo do funk? Acha que esse tipo de música inspira uma autoestima nos seus fãs?
O título é uma referência à música nova que estou trabalhando. Todo mundo tem uma diva dentro de si e que outras pessoas adoram copiar, né?! hahahha Os fãs se divertem e curtem junto comigo isso tudo.
Nos seus clipes, assim como de outras cantoras, como Annita e Wanessa, vemos muitas referências à estética do pop internacional. Em qual diva você se inspira? Esse tipo de produzir música vai refletir no seu novo CD e também na elaboração visual dos seus shows?
O pop me influencia nos clipes e estrutura. Na parte musical, o funk predomina. A diva das divas é a Beyoncé. Sem dúvida, aquela mulher é um escândalo em tudo que faz.
Um tema que não podemos deixar escapar é o “girl power”. Cada dia que passa ouvimos – até no mundo acadêmico - mais referências de como você reflete um “novo” tipo de feminismo, de mulheres que se afirmam, inclusive com toda a sexualidade. Acredita que é um caminho sem volta? Daqui pra frente, o que mais podemos esperar dessa liberdade de comportamento e criação?
É um caminho que deve ser bem percorrido digamos assim. A liberdade sexual das mulheres está começando a ganhar cada vez mais espaço, e isso é bem positivo. Torço para que tabus sejam quebrados em relação a isso.
Há alguns anos, você cantava músicas com teor sexualmente explícito, como “Mama”. No seu repertório, essas canções ainda estão incluídas? Haverá novas músicas nesse estilo?
No meu show, continuo cantando meus proibidões. O show tem minhas músicas e sucessos de outros cantores também .
O show que você fará no Recife será em uma casa voltada para o público GLS. Você acha que está restrita ainda a públicos específicos ou já consegue alcançar a família inteira, da vovô ao pré-adolescente?
Consegui alcançar um público bem familiar, mas eu não deixo jamais de ser a Valesca Popozuda nos shows, por isso mesmo a classificação é para maiores de 18 anos. (risos)
Você conhece a cena brega do Recife, que também vem abordando mulheres com atitude e que dão a volta por cima? Alguma referência pode entrar no seu repertório?
Isso é uma surpresa! Aguarde e verás!
Fonte: FolhaPE/Roberta Jungmann/Por Vitor Tavares/Foto: Reprodução
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