Um Lampião humanizado; ao mesmo tempo valente e temente, ácido e amável. A figura de um homem que esteve à frente de massacres que marcaram a história do Brasil ganha releitura e é recriada nos moldes de um herói. Essa é a base do espetáculo O massacre de Angico: a morte de Lampião, que é apresentado de hoje até domingo, na cidade de Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco.
O enredo resgata, a partir do imaginário popular, episódios importantes na trajetória do famoso cangaceiro. As disputas com José Saturnino, seu inimigo; o histórico encontro com o padre Cícero Romão, em que recebeu a patente de capitão do Exército Patriótico; a ordem do presidente Getúlio Vargas de acabar com o cangaço; e o dia da morte de Lampião. Tudo isso, mostrado por meio de efeitos especiais de luz e com trilha sonora, culmina com o assassinato do casal mais famoso do cangaço.
A estrutura da peça conta com um palco de 50 metros de largura com quatro cenários (incluindo uma casa de taipa) assinados por Octávio Catanho. Participam do projeto mais de 50 atores – metade recifense e outra metade de Serra Talhada. É a primeira vez que uma megaestrutura desta é erguida no lugar. Há inclusive o desejo de construir na cidade, no futuro, uma cidade-teatro como a de Nova Jerusalém.
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